Receber uma multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre pode trazer sérias consequências para o condutor, incluindo alto valor financeiro, acúmulo de pontos na CNH e até risco de suspensão do direito de dirigir.
Apesar disso, muitos motoristas não sabem que têm o direito de apresentar um recurso administrativo, que pode reverter a penalidade quando existem falhas na autuação ou circunstâncias que justifiquem a defesa.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que diz a lei, quais são as penalidades aplicadas, como funciona o recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre e quais argumentos podem aumentar suas chances de sucesso.
Se você depende da sua CNH para trabalhar ou simplesmente quer exercer o seu direito de defesa, este guia completo foi feito para você.
O que diz a lei sobre dar preferência a pedestre?
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece regras claras para garantir a segurança dos pedestres, considerados a parte mais vulnerável no trânsito. Segundo o artigo 214 do CTB, deixar de dar preferência ao pedestre ou a veículo não motorizado é uma infração gravíssima, sujeita a multa e pontos na CNH.
A legislação prevê que o motorista deve:
- Dar prioridade ao pedestre que já se encontra na faixa de travessia, mesmo que não haja semáforo;
- Respeitar a passagem de pedestres em locais sinalizados ou não, quando estes já estiverem atravessando a via;
- Garantir preferência a pessoas com mobilidade reduzida, idosos, crianças e pessoas com deficiência, que têm proteção especial prevista na lei;
- Reduzir a velocidade ou parar o veículo quando o pedestre iniciar a travessia, mesmo fora da faixa, se estiver em locais de grande fluxo.
Além do artigo 214, o artigo 29 do CTB também reforça que a circulação de pedestres deve ser sempre protegida, ficando a eles assegurada prioridade em situações de conflito com veículos.
Em outras palavras, o condutor tem o dever de prever e agir de forma preventiva diante da presença de pedestres, garantindo a travessia segura. O descumprimento dessa regra caracteriza a infração e pode resultar na multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre, que pode ser contestada por meio de recurso administrativo.
Multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre
A multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre pode ser registrada por:
- Agentes de trânsito municipais, em áreas urbanas;
- Polícia Militar, quando conveniada ao trânsito local;
- Polícia Rodoviária Federal (PRF), em rodovias federais;
- Sistemas eletrônicos de monitoramento, em locais com fiscalização por câmeras.
Exemplos práticos de situações que geram a multa
- Motorista que não para diante de pedestre já atravessando na faixa.
- Avançar em cruzamentos mesmo quando há pedestre em travessia.
- Ignorar idosos ou pessoas com mobilidade reduzida que iniciam a travessia.
- Acelerar em locais próximos a escolas ou hospitais, colocando pedestres em risco.
A penalidade não é apenas financeira: ela também compromete o histórico do condutor, já que gera pontos na CNH e pode contribuir para a suspensão do direito de dirigir, especialmente para motoristas profissionais que dependem da habilitação para trabalhar.
Consequências da multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre
O valor base de uma infração gravíssima é R$ 293,47. Além do valor em dinheiro, a penalidade gera 7 pontos na CNH.
A infração pode pesar ainda mais no prontuário de motoristas que já possuem outras multas recentes. Para motoristas profissionais (como taxistas, caminhoneiros e motoristas de aplicativo), a penalidade pode comprometer diretamente a atividade laboral.
Em alguns casos, a infração pode contribuir para a abertura de um processo de suspensão da CNH, caso o condutor acumule outras infrações gravíssimas.
Em resumo, trata-se de uma penalidade de grande impacto, tanto financeiro quanto administrativo, mas que pode ser questionada por meio de um recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre, quando houver falhas na autuação ou injustiças no processo.
Recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre: quando é possível recorrer?
Muitos motoristas acreditam que, ao receber uma multa gravíssima, não há mais o que fazer. No entanto, o Código de Trânsito Brasileiro garante ao condutor o direito de defesa, seja em primeira ou em segunda instância.
O recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre é totalmente válido e pode resultar no cancelamento da penalidade quando existem irregularidades no processo.
Situações em que é possível recorrer
O recurso pode ser fundamentado em diferentes situações, como:
- Ausência de provas concretas: quando não há registros fotográficos, vídeos ou testemunhas que confirmem a infração.
- Erro no auto de infração: divergências em dados como placa do veículo, local, data ou horário tornam a multa passível de anulação.
- Circunstâncias atípicas: casos em que parar o veículo poderia causar um acidente maior ou colocar outros condutores em risco.
- Falta de sinalização adequada: se a via não possuía faixa de pedestres visível ou sinalização compatível, o motorista pode se defender com base na precariedade da estrutura viária.
- Abordagem incorreta do agente de trânsito: se o relatório não traz informações claras e completas, a defesa pode apontar inconsistências.
Por que recorrer?
- Evita o pagamento de uma multa de valor elevado.
- Impede a inclusão de 7 pontos na CNH.
- Reduz o risco de atingir o limite de pontos que leva à suspensão da habilitação.
- Mantém o histórico do condutor mais limpo, o que é especialmente importante para motoristas profissionais.
Portanto, sempre que houver dúvida sobre a legitimidade da autuação, é recomendado ingressar com um recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre, respeitando os prazos estabelecidos pelos órgãos de trânsito.
O condutor pode continuar dirigindo enquanto o recurso está em análise, mesmo que seja uma infração gravíssima. Em todas as etapas, o envio dentro do prazo é fundamental para garantir a validade do recurso.
Cada fase deve ser vista como uma nova chance de defesa, e a argumentação pode (e deve) ser reforçada com novas informações ou documentos.
Em resumo, o recurso funciona como um direito de contestação garantido pela lei, e pode ser o caminho para anular a multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre, evitando prejuízos financeiros e administrativos.
Argumentos mais usados no recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre
Ao preparar um recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre, o ponto mais importante é apresentar argumentos técnicos e fundamentados, sempre baseados no CTB e na análise da autuação. Argumentos genéricos, como “nunca cometi infrações” ou “preciso da CNH para trabalhar”, dificilmente são aceitos.
A seguir, estão alguns dos principais argumentos que costumam ser utilizados:
1. Erros formais no auto de infração
- Divergência no número da placa do veículo.
- Data, horário ou local incorretos.
- O agente de trânsito não preencheu todos os campos obrigatórios.
- Ausência de informações essenciais que comprometem a validade do auto.
2. Falta de provas materiais
- Ausência de imagens ou vídeos que comprovem a infração.
- Multas baseadas apenas em relato subjetivo do agente, sem evidências adicionais.
- Inexistência de testemunhas que confirmem a irregularidade.
3. Circunstâncias que justificam a conduta
- Situações em que parar bruscamente colocaria o condutor ou outros veículos em risco de colisão.
- Pedestre que atravessava de forma inesperada em local sem faixa ou sem visibilidade adequada.
- Condições da via (chuva intensa, falhas de iluminação ou sinalização deficiente) que dificultaram a visualização do pedestre.
4. Falta de sinalização adequada
- Faixa de pedestre apagada ou mal sinalizada.
- Ausência de placas indicando prioridade ao pedestre em áreas de grande fluxo.
- Condições da via que não garantiam segurança para a travessia.
5. Contradições no relato do agente
- Descrição vaga, sem detalhamento da situação.
- Relato que não condiz com as características do local da infração.
- Informações que geram dúvida razoável sobre a ocorrência da infração.
🔎 Dica importante: cada recurso deve ser personalizado, com argumentos específicos para o caso concreto. Quanto mais objetivo e embasado em provas e legislação, maiores são as chances de sucesso.
Vale a pena contratar ajuda especializada para recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre?
Embora o condutor tenha todo o direito de elaborar o próprio recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre, nem sempre é fácil reunir argumentos técnicos e interpretar corretamente o Código de Trânsito Brasileiro.
Nesses casos, contar com o apoio de um especialista pode fazer toda a diferença.
Vantagens da ajuda profissional
Conhecimento jurídico: profissionais especializados sabem identificar falhas formais e jurídicas que podem passar despercebidas por leigos.
Argumentação estratégica: advogados e consultores de trânsito sabem estruturar defesas com base em jurisprudências, artigos do CTB e regulamentos complementares.
Maior chance de sucesso: a experiência com casos semelhantes aumenta as possibilidades de o recurso ser aceito.
Acompanhamento do processo: o especialista acompanha os prazos e etapas, evitando a perda de prazos e notificações importantes.
Quando procurar ajuda especializada
- Quando a infração pode levar à suspensão da CNH.
- Para motoristas profissionais, que dependem da habilitação para trabalhar (motoristas de aplicativo, caminhoneiros, taxistas).
- Quando o condutor já tentou recorrer por conta própria e teve o recurso negado.
- Em casos em que há mais de uma multa gravíssima acumulada.
💡 Em resumo: contratar um especialista não é obrigatório, mas pode ser uma escolha estratégica para quem não pode correr riscos de perder a CNH. Afinal, o recurso de multa gravíssima por deixar de dar preferência a pedestre exige argumentação consistente, e a experiência profissional pode aumentar significativamente as chances de êxito.